sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma paixão sem protocolos

Estrelado e produzido por Deborah Secco e Erom Cordeiro, Mais uma Vez Amor chega à Goiânia para mostrar que o sentimento amoroso pode (e deve) extrapolar as convenções sociais e as fantasias engessadas e irreais do "felizes para sempre"

Conhecida pelas personagens inesquecíveis que viveu nas telinhas, como Darlene, na novela Celebridade, e Maria do Céu, em A Favorita, Deborah Secco estava longe dos palcos teatrais, onde estreou com apenas dez anos, desde 2006, quando rodou o Brasil com o monólogo "Homens, melhor não tê-los, mas se não tê-los, como sabê-los?". De volta ao teatro antes de estrelar a próxima novela das oito de Gilberto Braga, a atriz desembarca em Goiânia com seu novo espetáculo, "Mais uma Vez Amor". 

Com texto de Rosane Svartam, Ricardo Perroni e Lulu Silva Telles, a peça será apresentada no Teatro Madre Esperança Garrido em duas sessões: amanhã, a partir das 21 horas e domingo, às 20 horas. Dirigida por Ernesto Piccolo, a comédia romântica de aproximadamente 60 minutos marca a estreia da atriz no comando da produção, responsabilidade que divide com seu colega de cena, Erom Cordeiro. "Há muito tempo queria produzir uma peça. Começar a decidir e escrever minha própria carreira, em vez de só aceitar propostas. Acho importante o artista fazer coisas que sejam as que ele queira dizer", afirmou Deborah, que em 2009, completou 20 anos de carreira.

No palco, os atores, que já contracenaram juntos em 2005 na novela América, vivem os encontros e desencontros de Rodrigo e Lia, um casal apaixonado que possui uma vida a dois nada convencional. Casados com outras pessoas, eles se perguntam se são amantes, amigos ou coisa nenhuma, dilema que derruba por terra as fantasias casamenteiras e propõe uma visão mais realista das relações amorosas, mostrando que o casamento não precisa ser necessariamente o final feliz de um relacionamento duradouro.

"A identificação do público com a história é imediata. A minha foi. É uma peça leve, que faz bem. Acho que todos sairão da sessão felizes. É assim que me sinto quando acabo de fazê-la: leve e feliz", falou a atriz sobre o espetáculo, que lotou teatros de 2002 a 2004, quando tinha no elenco Luana Piovani e Marcos Palmeira. Repetindo a dose, a peça já passou por diversas capitais brasileiras e atingiu a marca dos 30 mil espectadores. Em entrevista que você confere a seguir, Deborah falou sobre a montagem do espetáculo, as dificuldades de produção e as delícias de sua volta aos palcos. Confira:
 
A última vez que você fez teatro foi em 2006, quando viajou com o monólogo "Homens, melhor não tê-los, mas se não tê-los, como sabe-los?". O que a atraiu de volta aos palcos depois de quase quatro anos? Como surgiu a ideia de participar de "Mais uma Vez Amor"?

Deborah Secco - Comecei minha carreira no teatro e sou apaixonada por ele, porém, devido aos compromissos com a TV e o cinema, tive que me afastar um pouco. Estou produzindo pela primeira vez junto com um grande amigo e sócio Léo Fuchs, o que me possibilita poder desenhar mais minha carreira. Com isso, consigo conciliar o teatro na minha carreira novamente.

Como foi a preparação para a personagem?


Deborah Secco - Desde que li esse texto maravilhoso da Rosane Svartman me apaixonei. Minha personagem é maravilhosa, permite experimentar e desenvolver desde a emocão até a comédia.
 
Quanto tempo levou a montagem da peça?

Deborah Secco -
Começamos as leituras em abril deste ano. Em maio, decidimos o elenco e a ficha técnica e tivemos um mês de ensaio com o talentoso e querido diretor Ernesto Piccolo.

Este é o primeiro espetáculo de teatro que você produz, em parceria com o produtor Léo Fuchs. Como surgiu esta parceria e quais foram as principais dificuldades enfrentadas por vocês?

Deborah Secco -
O Léo Fuchs é um grande amigo, artista como eu, cheio de sonhos e desejos artísticos. Nosso encontro foi imediato. Já o conhecia por seus trabalhos de sucesso no teatro, mas quando sentamos e colocamos tudo no papel, vi realmente que meus sonhos podiam se realizar e da forma que quiséssemos. Escolhemos o diretor que queríamos trabalhar, escolhemos desde o texto até o figurino juntos. Dificuldades em producão sempre existem, mas fazemos uma dupla bem afinada, de sucesso mesmo, o que torna nosso trabalho cada vez mais prazeroso.

Na peça, você aparece apenas de calcinha e sutiã e simula cenas quentes de sexo com o ator Erom Cordeiro. Qual são as principais diferenças de fazer este tipo de cena na TV e no teatro? Você se sentiu inibida em algum momento?

Deborah Secco - As pessoas valorizam muito esse fato da calcinha e sutiã (risos). Contamos uma história linda de um casal, desde a adolescência até a velhice. Óbvio que, para contarmos essa trajetória de quase 80 anos de amor, temos que passar por discussões, desejos, cumplicidade e sexo. Mas tudo feito de uma forma linda e não há cenas quentes de sexo não, só simulacões de um amor lindo vivido por Lia e Rodrigo.

A peça já passou por várias cidades desde que estreou, em julho, no Recife, e de lá pra cá já foi vista por mais de 20 mil espectadores. Qual tem sido a receptividade do público?

Deborah Secco -
Melhor impossível. O espetáculo é muito bom. Uma comédia romântica onde as pessoas, além de dar boas gargalhadas, saem do teatro pensando e refletindo. Na verdade, já fomos assistidos por 30 mil pessoas nesses dois meses de temporada. As pessoas amam a peca e se identificam demais com os personagens.

O fato de retratar o cotidiano comum acaba fazendo com que o público se enxergue na peça. Na sua opinião, é essa identificação que torna o espetáculo tão relevante e popular? A que você atribui este estrondoso sucesso?

Deborah Secco - Isso aproxima muito o público dos personagens, fazendo com que eles passem a fazer parte da história. Esse sucesso é gracas ao encontro teatral de várias pessoas que precisavam se encontrar nesse momento para dizer esse texto: Erom Cordeiro, Léo Fuchs, Ernesto Piccolo, Rosane Svartman e toda a minha equipe técnica (Rosana, Careca, Feio, Guz e Kátia). Eles não só se juntaram a mim nessa empreitada, mas agarraram este projeto como se fosse nosso filho. Um bom camarim reflete no espetáculo, nós todos nos amamos e nos respeitamos muito. Com isso... o sucesso vira consequência.

SERVIÇO
Mais uma vez Amor - Com Deborah Secco e Erom Cordeiro
Quando: Amanhã, às 21h, e domingo, às 20h
Onde: Teatro Madre Esperança Garrido (Colégio Santo Agostinho - Av. Contorno, s/nº, Centro)
Ingressos: R$ 60 (Inteira) e R$ 30,00 (Meia)
Pontos de venda: Zastras Brinquedos e Bilheteria do Teatro
Informações: (62) 3582-0009/3223-1328

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